Técnicas Diretas

O CONCEITO DE TÉCNICAS DIRETAS

As técnicas diretas são utilizadas para a obtenção de experiências fora do corpo sem o pré-requisito do sono; através da realização de ações específicas enquanto deitado e com os olhos fechados. A vantagem das técnicas diretas é que, em teoria, elas podem ser realizadas a qualquer momento, no entanto, existe uma grande desvantagem referente à quantidade de tempo que é necessário ser despendida para se chegar ao domínio das técnicas. Apenas 50% dos praticantes alcançam o sucesso depois de fazerem tentativas diárias durante um período de 3 a 6 semanas. Para alguns, um ano inteiro pode passar, antes que os resultados sejam obtidos. A dificuldade na obtenção de resultados, através da utilização de técnicas diretas, não é um problema de inacessibilidade, e sim, das características psicológicas naturais do indivíduo. Nem todo mundo é capaz de compreender claramente as nuances específicas envolvidas, razão pela qual, alguns poderão cometer erros continuamente.

Muitos praticantes se esforçam para dominar as técnicas diretas imediatamente, porque elas parecem ser mais convenientes, simples e concretas. No entanto, é um grave erro iniciar a tentativa de domínio da entrada na FASE a partir deste nível. Em 90% dos casos em que os novatos começam seu treinamento com técnicas diretas, o fracasso é garantido. Além disso, uma grande quantidade de tempo, esforço e emoção, serão desperdiçadas. Como resultado, é possível haver uma completa desilusão com todos os assuntos relacionados às experiências com a FASE.

As técnicas diretas só devem ser praticadas após o domínio das técnicas indiretas mais fáceis, ou o domínio de como se tornar consciente quando está sonhando. Além disso, um conhecimento avançado das técnicas indiretas, irá tornar consideravelmente mais fácil a entrada direta na FASE.

A qualidade da experiência de FASE não depende da técnica de entrada escolhida. As técnicas diretas não levam, necessariamente, a uma FASE mais profunda e duradoura que as técnicas indiretas.

As técnicas diretas são mais adequadas para alguns praticantes que para outros, enquanto as técnicas indiretas são acessíveis para todos.

Se um praticante decidiu começar a prática pelas técnicas diretas ou ganhou a experiência através das técnicas indiretas, os princípios básicos ainda precisam ser aprendidos. Sem eles, nada ocorrerá, exceto por coincidência, e em casos raros. A chave para o sucesso no uso de técnicas diretas está em alcançar um estado de livre flutuação da consciência.

O MELHOR MOMENTO PARA A PRÁTICA

No caso de técnicas diretas, a questão do tempo é muito mais crítica.

Em relação à disposição do tempo, o método diferido (adiado), proporciona o melhor momento para a realização das técnicas diretas e indiretas. No entanto, existem algumas diferenças importantes. Pode-se interromper o sono em praticamente qualquer hora da noite ou da manhã. Depois de ter acordado, não se deve voltar a dormir, mas sim, proceder imediatamente às técnicas.

As técnicas diretas são muitas vezes mais eficazes se realizadas nos horários definidos pelo método diferido (adiado), que em qualquer outro momento. Isto é devido ao fato de que, com o método diferido (adiado), a mente não tem tempo para se tornar 100% alerta, e se torna fácil entrar em um estado alterado de consciência que permitirá resultados. Quando se trata de medidas específicas, deve-se acordar no meio da noite de forma espontânea, ou com a ajuda de um despertador, então, deve-se levantar e fazer algo por 3 a 10 minutos, e depois, deitar-se novamente e executar as técnicas. Se o praticante acordar em um estado muito alerta, e não estiver nem mesmo sonolento, então o intervalo entre o despertar e a realização da técnica direta deve ser encurtado, e poucas coisas devem ser feitas durante esse período de tempo.

A segunda janela mais eficaz de tempo acontece à noite, quando o praticante for para a cama, antes de adormecer. Durante este período de tempo, o cérebro precisa “desligar” o corpo e a mente, a fim de renovar suas forças, que foram despendidas ao longo do dia. Este processo natural pode ser aproveitado através da introdução de alguns ajustes.

As tentativas de realizar técnicas diretas durante o dia são menos eficazes. No entanto, se a fadiga tiver se instalado, isso poderá ser aproveitado, pois o corpo irá tentar cair no sono. Isto é especialmente adequado para aqueles que estão acostumados a tirar uma soneca durante o dia.

Geralmente, as outras janelas de tempo produzem um resultado muito pior, e é por isso que se deve começar com a realização de técnicas diretas no meio da noite, ou antes de dormir. Somente após essas técnicas terem sido dominadas, será possível realizar tentativas durante o dia.

INTENSIDADE DAS TENTATIVAS

O grau de entusiasmo está diretamente relacionado ao sucesso em alcançar um objetivo. No entanto, é muito importante saber quando aliviar, especialmente quando se trata de uma questão delicada como a entrada na FASE. Uma tentativa por dia, utilizando uma técnica direta é o suficiente. Se forem feitas mais tentativas, a qualidade de cada uma diminuirá consideravelmente.

Um grande número de praticantes acredita que, dezenas de tentativas ao longo de um dia, trarão a FASE. Este não é o caminho para o sucesso e levará rapidamente à desilusão com a prática. Mesmo depois de não se obter resultados em uma semana ou um mês, as técnicas diretas devem continuar sendo tentadas apenas uma vez por dia. O praticante que for persistente, analítico e sensível, e praticar corretamente, conseguirá o efeito desejado.

DURAÇÃO DE UMA TENTATIVA

É inútil tentar entrar na FASE usando uma técnica direta, apenas deitando-se na cama e decidindo, nem dormir, nem se levantar, até que a FASE ocorra. Uma imposição rigorosa na manipulação da delicada natureza da mente, poderá produzir uma rápida exaustão emocional.

Prazos rígidos devem ser aplicados durante a execução de técnicas diretas antes de um sono ou no meio da noite. Tentativas de técnicas diretas devem durar apenas de 10 a 20 minutos. Períodos mais longos inibem o sono porque a mente irá concentrar-se por muito tempo nas técnicas, e o desejo de adormecer dissipar-se-á, resultando em insônia, que poderá durar várias horas. Esforços exagerados afetam negativamente o entusiasmo natural, devido ao sono perdido e o cansaço no dia seguinte, que é agravado com um número crescente de tentativas fracassadas.

Se as técnicas diretas não surtirem efeito no curso de 10 a 20 minutos, antes de dormir ou no meio da noite, então é melhor ir dormir com o pensamento de que tudo vai dar certo numa próxima vez. Esta é a perspectiva positiva que um praticante deve sempre manter.

POSIÇÃO DO CORPO

A posição do corpo não é importante quando se executam as técnicas indiretas, pois, o objetivo é o despertar consciente, independentemente da posição em que o corpo se encontre. No entanto, a posição do corpo é crucial durante a prática das técnicas diretas.

Não há uma posição do corpo exata que sirva para todos os praticantes, pois, mais uma vez, as características individuais e os instintos diferem muito. Existem regras específicas que permitem selecionar a posição correta, com base em indicadores indiretos.

Muitos mantêm a crença de que a posição correta é a chamada de decúbito dorsal: deitado de costas sem travesseiro, pernas e braços esticados. Esta noção foi provavelmente copiada de outras práticas, sob a alegação de que ajuda a alcançar um estado alterado da consciência. No entanto, é a posição mais dolorosa para a maioria dos praticantes. A posição de decúbito dorsal só deve ser utilizada quando for provável que o praticante vá rapidamente cair no sono.

Se o praticante tiver dificuldade em adormecer, e acordar constantemente durante a execução das técnicas diretas, então, uma posição mais confortável deverá ser utilizada.

Se o sono vier facilmente para o praticante, o mesmo deve mudar para uma posição menos natural. Se o praticante sentir poucos lapsos de consciência quando as técnicas estiverem sendo executadas e tiver mais dificuldade para adormecer, uma posição mais confortável deverá ser utilizada. Dependendo da situação, há muitas posições possíveis: deitado de costas, sobre o estômago, de lado, ou mesmo em uma posição parcialmente reclinada. É possível que o praticante tenha que mudar de posição, de uma tentativa para outra, fazendo ajustes relacionados a um estado de livre flutuação da consciência.

RELAXAMENTO

Por natureza, deve-se entender claramente que as técnicas diretas são, por si mesmas, métodos de relaxamento, na medida em que, nenhuma FASE pode ocorrer sem que haja relaxamento.

Uma vez que, a janela mais eficaz de tempo para se utilizar as técnicas diretas ocorre antes de dormir e à noite, e dura apenas de 10 a 20 minutos, nenhum tempo adicional deve ser desperdiçado na tentativa de relaxamento, nem o tempo para relaxamento deve ser subtraído dos 10 a 20 minutos.

O relaxamento correto e de qualidade é uma busca difícil, e muitos abordam-no de forma muito específica, produzindo uma oposição ao relaxamento natural. Por exemplo: muitos se esforçam para relaxar seus corpos a tal ponto que, no final, a mente fica tão ativa como quando se tenta resolver uma equação matemática difícil. Neste tipo de situação, entrar na FASE é praticamente impossível.

O corpo relaxa, automaticamente, quando a mente está relaxada. Portanto, é melhor os iniciantes se absterem dos problemas e das nuances relacionadas ao relaxamento e guardar suas energias para as questões mais elementares.

Ao invés de forçar um relaxamento técnico, o praticante deve simplesmente deitar por alguns minutos e isso irá proporcionar o melhor relaxamento. Deitar, ativa processos de relaxamento naturais; o tipo mais poderoso.

Um relaxamento completo e pacífico só pode ser coagido por aqueles especializados e com profunda experiência. Geralmente, essas pessoas empregaram uma grande quantidade de tempo e esforço para dominar os estados meditativos e de transe. O relaxamento, nestes casos, não deverá demorar mais que 1 a 3 minutos, pois, quando o praticante é especialista em relaxamento, pensar sobre ele, é suficiente para fazer com que o mesmo ocorra.

Todas as técnicas de relaxamento podem servir muito bem às técnicas diretas, desde que ocorra um estado de livre flutuação da consciência enquanto elas estejam sendo executadas.

VARIAÇÕES NA UTILIZAÇÃO DAS TÉCNICAS DIRETAS

As técnicas utilizadas para a obtenção das entradas diretas na FASE, são exatamente as mesmas utilizadas para a obtenção das entradas indiretas. A única diferença está no método de implementação. As técnicas estão descritas em detalhe no Capítulo 2. No entanto, como técnicas diretas necessitam sobretudo de passividade, nem todas as técnicas funcionam igualmente bem para os dois tipos de entrada na FASE. Técnicas ativas, como por exemplo a do tensionamento do cérebro, não devem ser usadas para a obtenção de uma entrada suave na FASE.

As técnicas diretas diferem das indiretas na implementação por causa da produção lenta de resultados, que ocorre desde o início de uma tentativa direta até o seu final. Por exemplo: a mesma movimentação de um membro fantasma pode rapidamente começar antes de dormir, mas a amplitude de movimento não será fácil de aumentar, e toda a implementação da técnica contará com um movimento rítmico prolongado. Os resultados levam muito mais tempo para acontecer: 10 minutos, ao invés de 10 segundos. Essas diferenças também podem ser aplicadas a todas as técnicas descritas neste guia.

Da mesma forma que acontece com a prática das técnicas indiretas, para começar a prática das técnicas diretas, o praticante deve escolher as 3 ou 4 mais adequadas, dentre aquelas que provaram ser mais eficazes para o indivíduo. A fim de auxiliar o praticante, uma tabela foi criada mostrando a eficácia de cada uma das técnicas diretas:

As técnicas diretas mais eficazes nos seminários da Escola de Viagens Fora do Corpo

Movimento fantasma

15%

Rotação

15%

Audição interna

15%

Vibrações (que ocorrem enquanto outras técnicas estão sendo utilizadas)

15%

Observação de imagens

10%

Mistura de técnicas

10%

Separação Simples (geralmente misturada com outras técnicas)

10%

Outras técnicas

10%

A principal diferença na prática das técnicas diretas, em relação às indiretas, é o tempo necessário para a execução de cada uma delas. Se o teste de uma técnica indireta leva apenas de 3 a 5 segundos, serão necessários vários minutos para a execução da mesma técnica na versão direta. A duração varia de acordo com alguns fatores.

Há três maneiras principais de se realizar as técnicas: clássica, seqüencial e em ciclos – semelhante aos ciclos usados com as técnicas indiretas. Para entender qual variante deve ser utilizada, considere a seguinte tabela:

Variações na Utilização das Técnicas

Quando Usar

Clássica (passiva):

Tentativa de 1 técnica.

A técnica deve ser alternada a cada tentativa.

– Quando estiver aprendendo técnicas diretas

– Quando um praticante geralmente dorme mal;

– Se as tentativas levarem ao completo despertar;

– Se as tentativas com outras variações ocorrerem sem lapsos de consciência;

– Se o corpo e a consciência estão em um estado relaxado;

Seqüencial:

Uma tentativa com 2 a 3 técnicas por 1 a 5 minutos.

As técnicas são alternadas com pouca freqüência.

A agressividade varia durante o período de tempo em que as técnicas estão sendo executadas.

– Usada caso o adormecimento ocorra enquanto se está usando a variação clássica ou se a variação em ciclos resulta em longo despertar;

– Quando o praticante geralmente adormece com rapidez;

Em Ciclos (ativa):

A seqüência de ações é composta por ciclos de 3 técnicas, conforme acontece com a entrada na FASE através da utilização de técnicas indiretas, mas a execução de cada técnica deve durar de 10 segundos a 1 minuto, e não 3 a 5 segundos.

– Usadas quando as variações clássica e seqüencial levarem a um adormecimento;

– Quando, de um modo geral, os praticantes adormecem muito rapidamente;

– Também pode ser empregado quando o praticante se encontrar esgotado ou em privação de sono;

O praticante deve sempre começar com a variação clássica, ou seja, usando apenas uma técnica durante todo o decorrer da tentativa. Devido à natureza incomum dos esforços envolvidos, o entusiasmo de um iniciante pode levá-lo a um estado completamente alerta. Mais tarde, porém, poderão ocorrer fortes e prolongados lapsos de consciência. Pode ser necessário aumentar o nível de atividade através da transição para a variação seqüencial.

A variação seqüencial é a principal técnica direta utilizada por causa de sua flexibilidade na aplicação. Pode ser passiva, se ao longo de 15 minutos, o praticante alternar duas técnicas de cinco minutos cada. Também pode ser agressiva, se usado um sequenciamento de três técnicas para um minuto. Tudo o que estiver entre esses dois extremos permite a prática adequada das técnicas e a seleção das melhores variações para se atingir um estado de livre flutuação da consciência.

Se o praticante repetidamente cair no sono, mesmo utilizando a forma ativa de sequenciamento, deve-se iniciar a utilização dos ciclos de técnicas indiretas, com cada técnica sendo executada num tempo que fique entre 10 segundos a 1 minuto.

Como se faz necessário um longo trabalho com as técnicas, o praticante não deve se atormentar caso não queira fazer algo, senão poderá frustrar-se com muita rapidez. Tudo deve ser prazeroso e não causar qualquer tensão emocional excessiva.

O ESTADO DE LIVRE FLUTUAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Há um número quase infinito de descrições de técnicas de entrada direta oferecidas, na literatura, na internet, e em seminários. Às vezes, uma descrição é fundamentalmente diferente da outra. Na maioria dos casos, no entanto, existem pontos em comum que unem quase todas as descrições: curtos lapsos de consciência, lapsos de memória, sono superficial; que são características do estado de livre flutuação da consciência. Após a ocorrência de qualquer um desses fenômenos, todos os tipos de sensações incomuns de pré-FASE ou de FASE poderão surgir.

Lapsos de consciência podem durar segundos, minutos ou mais de uma hora. Eles podem variar, desde uma simples perda de consciência, até a entrada em um sonho completo. Eles podem ser únicos e raros, ou podem ocorrer várias vezes ao longo de um minuto. O que quer que tenha ocasionado um lapso, faz com que a mente atinja um modo de operação que é ideal para a experimentação da FASE, desde que o praticante seja capaz de abster-se de um sono profundo e voltar rapidamente a um estado de vigília.

Nem todos os lapsos de consciência conduzem à FASE. O lapso deve ter profundidade suficiente para ser eficaz. Assim, para cada lapso sem sucesso, ocorrerá um outro mais profundo.

A principal desvantagem prática do estado de livre flutuação da consciência é a possibilidade de atingir o completo adormecimento durante os lapsos, ao invés de apenas mergulhar temporariamente no sono. As técnicas são necessárias para garantir o resultado desejado. Tais técnicas cumprem mais ou menos uma função auxiliar, e, portanto, não se faz necessário ser tão rigoroso em suas utilizações.

Fato interessante!

Não importa qual técnica direta seja utilizada, contanto que leve a lapsos de consciência, o sucesso será possível.

Ao realizar as variações das técnicas, o praticante poderá começar a oscilar entre o estado de alerta total e o sono completo.

Para evitar cair no sono, faz-se necessário um forte desejo de retornar ao estado de vigília. Isto é realizado através de uma forte determinação por parte do praticante, mesmo que ocorram entradas e saídas no sono ao ser executada uma técnica direta. O praticante deve afirmar vigorosamente que, no momento em que a consciência diminuir, deve ocorrer o imediato despertar.

Por outro lado, se os lapsos não ocorrerem, e forem substituídos pelo completo estado de vigília, os seguintes truques poderão ajudar: concentração total em ações mentais ou, inversamente, meditação e devaneio, deverão ser utilizados em paralelo com a técnica. Note que, essas ajudas, só serão eficazes na FASE inicial de utilização das técnicas diretas, pois podem causar um forte efeito indutor do sono.

Se técnicas diretas não conduzirem ao sono leve ou a lapsos singulares após um longo período de prática regular, então, deve-se supor que, o praticante está lidando com algum erro significativo na técnica ou na duração do procedimento.

A regulação do número de lapsos pode ser feita: modificando a posição do corpo durante a prática ou alterando a variação usada durante a execução das técnicas.

A entrada na FASE através de um estado de livre flutuação da consciência, na maioria das vezes, ocorre como o resultado de três fatores-chave. Primeiro: durante um lapso, uma técnica ou outra pode começar a funcionar bem. Segundo: após um lapso, a proximidade da FASE pode, inesperadamente, manifestar-se através de sons ou vibrações. Nesse momento, deve-se proceder a transição para técnicas que correspondam aos sintomas acima (ouvir, tensionar o cérebro). Terceiro: às vezes, ao sair de um lapso, é fácil alcançar diretamente a separação ou encontrar rapidamente uma técnica que funcione, prestando atenção nos indicadores iniciais.

Lapsos de consciência não são obrigados a ocorrer em 100% dos casos. Esforçar-se para alcançar lapsos, desempenha um papel muito importante, pois eles nem sempre são perceptíveis. Uma ocorrência de lapso, nem sempre é óbvia. Eles podem ter duração muito curta ou serem superficiais. Podem também, simplesmente não ocorrer. No entanto, técnicas devidamente aplicadas para produzir lapsos, podem levar à entrada na FASE.

FATORES AUXILIARES

Ao utilizar técnicas diretas no início ou no meio da noite, torna-se possível tirar proveito do estado natural de fadiga do corpo e, para efeitos práticos, este cansaço natural pode ser amplificado. A privação voluntária do sono pode trazer bons resultados para praticantes experientes. Os iniciantes devem dedicar-se às práticas, de uma forma mais natural e equilibrada.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

Técnicas diretas raramente produzem resultados rápidos e claros, ao contrário de entrar na FASE tornando-se consciente durante o sonho ou através do uso de técnicas indiretas. No início, técnicas diretas produzem resultados esporádicos, e é por isso que não se deve começar por elas. É melhor praticar uma técnica sistematicamente, trabalhando para o domínio da mesma, de uma forma consistente.

Não há motivo para se preocupar se os resultados só forem alcançados após um mês de tentativas diárias. Um esforço contínuo para analisar e melhorar a prática, deve ser o foco principal, pois as falhas são sempre causadas por erros perceptíveis.

Embora possam surgir dificuldades com técnicas diretas, nunca se deve abandonar o que funcionou até então (técnicas indiretas), pois isso pode privar temporariamente o praticante de uma das experiências já adquiridas.

A combinação de técnicas diretas e indiretas nunca deve ser usada durante o curso de um único dia, pois é prejudicial para o enfoque prático e para o entusiasmo. É melhor realizar cada tipo de técnica em dias diferentes. Por exemplo: técnicas diretas poderiam ser usadas antes de dormir, durante a semana de trabalho, enquanto técnicas indiretas, poderiam ser praticadas durante os fins de semana, quando o praticante tem mais tempo para dormir.